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Instituto Espiritualidade e Saúde

Re-examining Definitions of Spirituality in Nursing Research

Aos nossos leitores e alunos eu gostaria de apresentar e fazer uma breve discussão do artigo intitulado ´´Reexame das definições de espiritualidade na pesquisa em enfermagem´´ (em tradução livre), publicado no Journal of Advanced Nursing em 2013. O trabalho é de autoria de Katia G. Reinert e Harold G. Koenig.

 

Tendo em consideração que muitos daqueles que visitam nosso site são iniciantes no estudo das relações entre espiritualidade / religiosidade e saúde e buscam fundamentação sólida para futuras pesquisas e para a prática assistencial, considero este artigo de fundamental importância.

 

Embora esta pesquisa não seja tão recente, ela me pareceu ser ainda bastante relevante e atual, especialmente por discutir a proliferação de conceitos pouco precisos do que seja ´´espiritualidade´´ e suas implicações no campo da pesquisa em enfermagem, muitas vezes levando a resultados incoerentes, segundo os autores.

 

Uma das dificuldades envolvidas no desenvolvimento de um conceito objetivo, de valor transcultural e de fácil operacionalização na prática clínica e em pesquisa é justamente o caráter volátil e subjetivo do fenômeno da espiritualidade, além disso assistimos a um processo de dissociação artificial da espiritualidade e religião, tratando-se de um acontecimento bastante ligado às transformações do período moderno e pós-moderno de nossa cultura.

 

Algumas definições de espiritualidade se utilizam de características pertencentes ao campo da saúde mental, o que gera avaliações imprecisas e incongruentes. Os autores darão como exemplo a seguinte definição: ´´Espiritualidade é uma busca pessoal de significado e propósito na vida, que pode ou não estar relacionada à religião´´.

 

Esta definição, bastante conhecida pelos pesquisadores da área, é apontada como problemática pelos autores do artigo, pois ´significado e propósito de vida´ quando estão ausentes na vida de alguém podem indicar a presença de transtorno depressivo e/ou ansiedade. Além disso, nos levaria a acreditar que pessoas espiritualizadas não deprimem ou que pessoas com esse diagnóstico não seriam espiritualizadas.

 

A solução, provisória, porém bem mais adequada para se reconhecer a presença da espiritualidade numa pessoa é a religiosidade intrínseca.

Historicamente a espiritualidade está muito associada às práticas ascéticas e místicas de praticantes da religião, de tal modo que, dificilmente uma pessoa com religiosidade intrínseca não teria simultaneamente desenvolvido a espiritualidade.

 

Parece haver, diferentemente daquilo encontrado na sociedade, uma rejeição da religião e da religiosidade por parte dos acadêmicos, que parecem preferir dar ênfase à dimensão da espiritualidade alterando seu significado original para nela abarcar fenômenos distintos como humanismo, preocupações com a ecologia, diferentes tipos de filosofia, etc, sem nenhuma relação com a transcendência ou anseio de encontro com o Divino.

 

E fica a pergunta: O que nos tem levado a adotar esse tipo de postura anticientífica?

Espero que leiam o artigo e possam aproveitá-lo em seus estudos e pesquisas.

 

Link para o artigo original: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4232181/

Paulo Antonio da Silva Andrade

Psicólogo clínico e hospitalar graduado pela Universidade Paulista.

Especialista em psicologia hospitalar pelo HCFMUSP

Mestre em psicologia clínica pela PUC – SP

Psicólogo do IES